Discurso sobre a Páscoa.
No domingo de Páscoa ocorreu
a sessão Solene de Páscoa do Grêmio Literário. O orador da tarde foi o aspirante Luiz
Henrique Martinelli. Confira abaixo o discurso.
Este é o dia que o Senhor fez para nós alegremo-nos e nele
exultemos.
Saúdo com uma grande alegria nessa manhã mesa diretora composta
pelo diretor Frei Alberto Eckel Junior, o presidente Lucas Moreira Almeida e o
seu secretário Franklin Matheus da Costa. E com a mesma alegria saúdo os demais
aqui presentes
Confesso que é grande desafio falar sobre a páscoa, pela
importância que ela tem para todos os cristãos. Mas também me sinto muito
honrado em ter sido escolhido para fazer esse discurso. Então, depois de muito
pensar em como abordar o tema. Decidi por apresentar de forma contínua, de uma
forma quase cronológica.
Quando os cristãos começaram a celebrar a Páscoa, os judeus já
estavam celebrando há anos. No começo do cristianismo, a páscoa cristã era
muito parecida com a judaica, porém com um sentido diferente, a saber, a
ressurreição de Cristo. Ela era antecipada por três dias de jejum.
Houve sérias e longas discussões para haver um acordo sobre a
data da celebração da páscoa cristã. Os cristãos de Antilogia, na Ásia Menor
queriam manter o dia na páscoa judaica catorze de Nisã, que hoje no nosso
calendário, corresponde aos meses de março / abril. Os de Alexandria, no norte
da África, insistiam para que a celebração fosse no domingo seguinte a essa
data, porque queriam manter o jejum desde o dia da morte de Jesus até o dia de
sua ressurreição. Foi então estabelecido, por decreto do primeiro concilio
Niceia, no ano de 325 que deveria ser celebrado sempre no domingo após a
primavera (no hemisfério norte) e outono (no hemisfério sul). Seguindo esse
costume, a comemoração da páscoa costuma ser entre os dias 22 de março e 25 de
abril.
Ao longo dos anos muitas coisas mudaram os três dias de jejum e
tornaram 40, em memória ao jejum que Jesus fez no deserto. Esse tempo é chamado liturgicamente de quaresma, que
é um tempo de preparação penitencial para a páscoa, um tempo forte de conversão
e de mudança de vida, bem como de preparação mais intensa para os catecúmenos,
isto é, dos que se iniciam na fé cristã.
Nesse tempo se registram os grandes exercícios quaresmais; A
prática da caridade e as obras de misericórdia. O jejum, a esmola e a oração,
como imitação de Cristo, são ainda hoje recomendados. Ao término dos 40 dias,
inicia-se o Tríduo Pascoal, que não é o centro só da páscoa, mas também de toda
a vida da igreja.
Na liturgia ocupa o primeiro lugar em ordem de grandeza, não
havendo, pois, nenhuma outra celebração que se possa colocar em seu nível.
O Tríduo pascoal não é um tríduo que prepara para o domingo de
páscoa, mas é um Tríduo celebrativo do mistério pascal de Cristo, que culmina
no domingo "Dia do Senhor". Trata-se de uma única celebração em três
momentos distintos, paixão-morte, sepultura e ressurreição do Senhor.
É tão fundamental o Tríduo pascal, que, sem ele, não existiria a
liturgia, e o que teríamos era então uma Igreja sem sacramentos sem a
missionaridade redentora.
Por que se diz isso? Porque sem antes ressurreição de Cristo -
ensina nos são Paulo- vazia seria toda a pregação apostólica como vã, vazia e
sem sentido também seria a nossa fé.
As outras duas solenidades que marcam o tempo pascal são:
Ascensão do senhor; é o domingo que celebra a subida do Senhor ao
céu e Pentecostes; que é o coroamento de todo ciclo na páscoa celebrando a
vinda do espírito santo.
Com tantas solenidades envolvidas no tempo pascal, é natural achar
que essas festas são núcleo da liturgia. Porém a páscoa é, sobretudo, semanal.
Todo domingo tem uma grande importância, porque é comemoração semanal do
mistério pascal.
Então eu peço que celebrem bem todos nós domingos, não
desmerecendo os demais domingos.
Devemos ter sempre em mente que todos os domingos são Dias do
Senhor.
Cristo ontem e hoje, alfa e ômega, a Ele o princípio e fim tempo
e a eternidade, a glória e o poder pelos séculos sem fim, amém.
Convido a todos a ficarem de pé e cantar o canto.
Bom almoço, e obrigado pela atenção.
Luiz Henrique Martinelli, aspirante do 3º
ano
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