29 março, 2017

Discurso sobre A civilização Inca



Cântico da donzela infiel, presa ao cadafalso
Ò pai condor, agarra – me,
Irmão falcão arrebata-me,
Anuncia-me à minha mãezinha.
Há já cinco dias
Que eu não como,
Que não bebo.
Pai, mensageiro,
Detentor dos sinais, mensageiro veloz,
Leva-me ao meu pai e à minha mãe.
Estrado ou tablado erguido em lugar
Público para nele se exporem ou se
Executarem os condenados; patíbulo,Forca.

(Publicado por Human Poma De Ayala)

Com grande alegria saúdo a mesa diretora composta pelo: diretor
Frei Alberto Eckiel Junio, o presidente Mateus De Oliveira, o secretário Odirlei Luiz Possa Fante, faço saudações às demais aqui presentes. Em especialmente os visitantes Dona Marli Lopes, e o senhor João Da Silva Cruz pais do seminarista Miguel Lopes Da Silva Cruz,
Hoje venho falar a vocês sobre uma civilização de pequena estatura, pele morena, variando do moreno claro ao escuro, cabelos pretos imberbes...                                             
       Os Povos Incas
Para melhor entendimento de meu discurso, vou dividi–lo em três tópicos.
·         Cultura inca
·         Religião inca
·         E múmias incas
Os incas habitavam a cordilheira dos Andes, na região do atual Peru, entre os anos de 3.000 a.C. e aproximadamente 1.500 da nossa era.
Eles faziam vários objetos utilizando o ouro, principalmente, esculturas de animais, deuses e representações da natureza. O artesanato inca também foi um elemento importante da cultura, faziam cestos e rede com fibras vegetais, pintavam em tecidos, utilizando tintas naturais (sangue de animais, minério, carvão, etc)
Na arquitetura utilizavam a pedra como base de construções, embora habitassem uma região montanhosa, onde a dificuldade de construir é maior, construíram templos, diques, canais de água, casa, palácios, e observatórios astronômicos.
Para ligar as construções, eles fizeram umas redes de estradas de pedras, e estão entre os tipos de construções mais complexas. Os incas criaram um objeto chamado quipo, que servia para realizar contagens de objetos, pessoa, impostos e alimentos. O quipo consistia numa série de barbantes coloridos com nós, cada cor e cada nó tinha significado e valores diferentes. Os incas uma usa uma espécie de flauta de bambu para tocar músicas, as musicas eram criadas para simples diversão ou em homenagem aos deuses e a natureza. Com isso entro no meu segundo tópico os, os principais deuses da religião inca: INTI, deus supremo na religião, era o deus do sol que exercia a soberania no plano divino. Era o deus mais popular, no império inca sendo adorado em vários santuários. VIRA COCHA, de acordo com religião inca era o mestre do mundo, surgiu das águas e criou o céu e terra. Era um deus nômade e tinha com companheiro o pássaro INTIMAMA QUILLA, era a esposa do deus INTI. Mãe lua, mãe do firmamento tinha uma estatua do sol.
PACHA MAMA, também conhecida como a mãe Terra, esta deusa era encarregada de proporcionar fertilidade à agricultura, PACHACAMAC, era a reedição de VIRACOCHA, porém cultuado e venerado na costa central do império inca. Era conhecido como o deus dos terremotos. MAMA SARA, era a deusa mão do milho, principal alimento dos incas. WACON, deus maligno e cruel, era o responsável pela seca na costa do Peru. Os incas acreditavam que este deus era devorador de crianças. SUPAY era um deus que habitava as profundezas da Terra e o mundo subterrâneo dos mortos. Os incas consideram-lhe como uma espécie de demônio. MAMACOCHA era a deusa mãe do mar. Era cultuada principalmente nas regiões costeiras do império inca. Recebia oferendas e culto para acalmar as águas bravas e favorecer a pesca. Representava tudo o que era feminino. Dando então continuação entro no meu 3º tópico. Os testes feitos em três múmias encontradas na Argentina nos dão novas informações sobre a prática inca do sacrifício de crianças. Os cientistas revelaram que drogas e álcool desempenham um papel fundamental nos meses e nas semanas que antecederam a morte das crianças.
Experimentados com cada uma delas, um pouco mais velhos do que os outros, aparentando já ser adolescentes, sugerem que ela estava fortemente sedada pouco antes de sua morte: registros espanhóis sugerem que as crianças eram sacrificadas por diversas razões (marcos importante na vida dos incas, em tempos de guerra ou catástrofes naturais, além de existir um calendário de rituais).
Os restos mumificados foram descobertos em 1999. Entre as três crianças estavam uma adolescente de 13 anos, um rapaz jovem, uma menina, que se imaginava ter 4 ou 5 anos de idade. Seus restos datam cerca de 500 anos atrás. Os pesquisadores usaram testes para analisar as substâncias químicas encontradas no cabelo das crianças. Eles descobriram que os três haviam consumido álcool e folhas de coca (da qual a cocaína é extraída), nos meses finais de suas vidas.
Uma análise de cabelo da adolescente, que era maior do que o cabelo das vítimas mais jovem revelou que os testes feitos em suas longas tranças revelaram que seu consumo de coca aumentou acentuadamente no ano anterior a sua morte.
Descobriu-se que ela estava fortemente sedada antes de ser levada (assim como nos as outras crianças) para o vulcão, colocada em seu túmulo e deixada para morrer (a montanha fica a mais de seis mil metros acima do nível do mar), ela faleceu calmamente. As múmias estão agora no museu de arqueologia de Salta, Argentina.
Neste meu discurso usei palavras não usuais: Cadafalso significa estrutura provisória de madeira; Condor significa a divindade do Sol; Arrebata significa explosão de sentimentos; Estrado significa pequeno piso; Tablado significa estrutura de madeira e Patíbulo significa palanque.
Assim como os incas que contribuíram muito na divulgação do conhecimento, coloquemos então nossos conhecimentos em prática porque para alcançar o conhecimento é preciso coragem para crescer e tornar-se o que realmente você é.
Assim, concluo meu discurso com uma frase de Napoleão Bonaparte: “Uma sociedade sem religião é como um navio sem bússola”
Tenho dito e muito obrigado.

Agremiado 2ºano - Vinicius José A. da Silva

24 março, 2017

Discurso sobre Sonhos


“[...] A mim parece que estou tentando contar-lhes um sonho – em vão, porque nenhum relato de sonho sabe transmitir a sensação do sonho, aquela amálgama de absurdo, surpresa e admiração no tremor de quem se debate, aquela impressão de ter sido capturado pelo inacreditável, que é a própria essência dos sonhos. [...]”.
Trecho extraído do livro “Coração das Trevas”, de Joseph Conrad.

É com nostálgica alegria que eu saúdo nesta noite a mesa diretora, composta pelo diretor, Frei Alberto Eckel Junior, pelo presidente, Mateus de Oliveira, pelo secretário, Odirlei Luiz Possa Fante e estendo minhas cordiais estimas e saudações a todos os Aspirantes, Seminaristas e Frades aqui presentes, em especial, Frei Robson Luiz Scudela e Frei Elias Dalla Rosa.

Hoje venho vos falar de um tema tão fascinante, quanto misterioso e enigmático, os Sonhos. Afinal, de onde se originam essas ilusões noturnas que preenchem nosso sono? Haveria alguma finalidade para elas? Qual a verdadeira razão delas existirem?

Para uma melhor compreensão de minha prédica, dividi-la-ei em quatro tópicos, a saber:

- Uma problematização histórica e literária dos sonhos na história da humanidade;
- A origem e fonte dos sonhos e pesadelos;
- A teoria freudiana do sonhar;
E por último abordo, como curiosidade, um fenômeno recém-explorado, os Sonhos Lúcidos.
Acrescento ainda uma breve consideração explicativa sobre o termo “onírico”, que designa tudo aquilo relativo aos sonhos e que eu empregarei como um sinônimo em meu discurso.

Dito isso, vamos à prédica.

Discorro inicialmente sobre a compreensão etiológica dos sonhos ao longo da história, a começar pela visão pré-histórica herdada pelos povos da Antiguidade Clássica, que relacionavam o sonho com o mundo dos seres sobrenaturais e constituía revelações de anjos e demônios, além de predizerem o futuro.
Todavia, obras de Aristóteles, como o “Tratado sobre a Alma”, já versavam sobre os sonhos como objeto de estudo psicológico, definindo-os como a atividade de quem dorme, na medida em que esteja adormecido e podemos encontrar nessas obras, antecipações das mais audazes teorias freudianas. Já para os gregos, os sonhos eram uma dádiva de Prometeu, um titã afeiçoado aos homens que, segundo a mitologia, além de doar a eles o fogo roubado dos deuses, doa também as formas das artes divinatórias, a esperança e os sonhos. Existiu ainda uma classificação dos sonhos por Macróbio e Artemidoro, que persistiu durante séculos e dividiam os sonhos em duas classes, uma influenciada pelo presente ou pelo passado, outra supostamente previa o futuro e era passível de interpretação. Neste ponto, o trabalho de interpretação ambicionava importantes consequências, mas nem todos eram imediatamente compreensíveis, levando à necessidade de se criar um método, mediante o qual o conteúdo ininteligível de um sonho pudesse ser substituído por outro compreensível e significativo.
Na literatura, encontramos, por exemplo, na Bíblia, relatos primitivos de sonhos, como em Gênesis, os sonhos do faraó, interpretados por José, que revelaram ser uma profecia de sete anos de fome nas terras do Egito. Temos aí uma interpretação simbólica. Outro método de decifração pode ser descrito como o “método da decifração”, que trata o sonho como uma espécie de criptografia recheada de signos que podem ser substituídos por outros signos de significado conhecido, de acordo com um código fixo. Ambos os métodos são insuficientes quando se defrontam com sonhos incompreensíveis e confusos. Ainda no campo literário, a temática dos sonhos é amplamente retratada e discutida por incontáveis autores de diversas épocas, como Shakespeare, Homero, Cícero, Schopenhauer, Bion, Foucault, Nietzsche, Jung, entre vários outros que enfatizaram a vital importância dos sonhos, como menciona Burdach, que sem eles, por certo envelheceríamos mais cedo.
Em 1899, o tema dos sonhos ganhou um novo enfoque com a revolucionária e absolutamente inédita obra de Sigmund Freud, “A Interpretação dos Sonhos”, na qual ele propõe uma teoria inovadora do aparelho psíquico, descrevendo os fundamentos da clínica psicanalítica, tudo isso a partir da análise e estudo dos sonhos, a manifestação psíquica inconsciente por excelência, o que me faz entrar no meu segundo tópico, já guiado sobre a ótica freudiana: A origem e fonte dos sonhos e pesadelos.
Primeiramente, é importante ressaltar que todos sonham, todos os dias, diversas vezes por noite, uma média de 3 a 7 sonhos diários com duração aproximada de 5 a 20 minuto. Uma pessoa passa em média 6 anos de sua vida sonhando e de acordo com estimativas, 95% dos nossos sonhos são esquecidos quando despertamos, pois as mudanças que ocorrem em nosso cérebro durante a noite sobrecarregam nossa memória, mas também depende da intensidade, da singularidade e do interesse mental em guarda-los.
Análises cerebrais de pessoas adormecidas mostram que o lobo frontal região-chave na formação da memória está inativo durante a fase REM do sono, na qual ocorrem os sonhos mais vívidos e também a paralização total dos músculos voluntários e pesquisas apontam que até os animais sonham. Mas afinal, qual a origem e fonte dos sonhos?
Uma das hipóteses evolutivas mais aceitas afirma que eles nos proporcionam experiências de vida por vezes muito valiosa, sem nos expor a possíveis riscos; também servem para descarregar o excesso de informações e resíduos que deixaram de ser importantes e ainda outra hipótese indica que o sonho é importante para a reativação de determinados circuitos cerebrais.
O conteúdo onírico, por sua vez, provém primariamente da vida de vigília, ou seja, do estado de quando estamos acordados e das influências que se absorvem inconscientemente desse período, principalmente do dia anterior e a origem desse material se disponibiliza das memórias e lembranças inacessíveis na vigília. Já os pesadelos, pressupõem a ativação do sistema nervoso autômico simultaneamente com o conteúdo de um sonho desagradável para aquela pessoa em particular. Não é, portanto, o sistema nervoso atuante, mas a carga emocional que faz acordar e quanto mais intensa e traumática a informação, maior a probabilidade de ser incorporada ao universo dos sonhos por determinado período.
Esses estímulos e fontes são inúmeros e dentre eles podemos citar, as Excitações sensoriais internas (subjetivas), como as alucinações hipnagógicas, ou “fenômenos visuais imaginativos” e os Estímulos somáticos orgânicos internos, como sensações musculares, respiratórias, gástricas, sexuais etc. Há ainda autores como Havellock Ellis, Strümpell, Binz, Hildebrandt e inclusive Freud, que compartilham da ideia que os sonhos extraem seus elementos dos detalhes casuais e insignificantes, dos fragmentos se, valor, daquilo que se vivenciou recentemente ou do passado mais remoto para compor o seu conteúdo.
Entro agora no meu terceiro tópico, a Teoria Freudiana do Sonhar, apresentando antes, duas teorias interessantes que abordam a natureza dos sonhos de forma peculiar. Primeiro, para o filósofo Heidegger, o sonho é a extensão da vigília e seu conteúdo é formado por elementos que devem ser resolvidos no próprio estado desperto, como se assemelha a ótica da gestlat-terapia, para a qual os sonhos são gerados com a função de externalizar conflitos e o alienamento do sonhador.
Na análise psicanalítica freudiana, os sonhos são constituídos para possibilitar uma gratificação parcial das pulsões do Id, por meio da descarga consciente das mesmas, concluindo que todo sonho, invariavelmente é a realização de um desejo com as diversas implicações psíquicas a ele associadas, especialmente os desejos sexuais, realizados de forma velada e simbólica.
Seus mecanismos de formação, por sua vez, constituem-se na Distorção, que expressa os pensamentos oníricos de forma alterada, no Trabalho de Condensação (em vez de dois elementos, um único elemento intermediário, comum a ambos penetra no sonho), no Trabalho de Deslocamento (substituição de alguma representação específica por outra extremamente associada a ela em algum aspecto) e ainda na Elaboração Secundária, que procura configurar o material que lhe é oferecido a algo semelhante a um devaneio, ou seja, pretende torna-lo racional e lógico. Por fim, seu método de interpretação propriamente dito é denominado “Livre-associação”, pelo qual se decompõem os elementos do conteúdo onírico e distingue-os em “conteúdo manifesto” (aquilo que foi sonhado) e “conteúdo latente” (o seu significado) a ser interpretado, que implica em representações simbólicas, inibição dos afetos, hipermnésia, traumas, impressões da infância, regressão, recalque, doenças mentais etc. E conclui que não existem “sonhos inocentes”, pois todos têm um fundo sexual e ainda que os sonhos são os “guardiões do sono” e tem a função de prolonga-lo e não perturbá-lo.
Contudo, com relação a possíveis corroborações das abordagens psicológicas com a neurociência, apenas foram abarcadas e apoiadas algumas visões de Freud que podem ser empiricamente demonstradas.
Chego assim ao meu quarto e último tópico de curiosidade sobre os Sonhos Lúcidos. Podemos defini-lo inicialmente como o ato de acessar o estado mental dos sonhos, com a capacidade de reflexão e a consciência de que aquela experiência é meramente um sonho próprio, ou seja, um estado mental dissociado, sustentado pela estrutura da fase REM do sono, na qual se equivale a outros estados híbridos do cérebro, como a paralisia do sono, alucinações hipnagógicas etc. e pode ser uma consequência evolutiva.
Pesquisas do Instituto Max Plank, na Alemanha, através de exames de Ressonância Magnética, encefalogramas e mapeamento de imagens durante os sonhos lúcidos, descobriram que estes desencadeiam padrões de atividades em regiões específicas do cérebro, ocorrendo um aumento da atividade e capacidade cognitiva junto ao lobo parietal, resultando na capacidade de memória dos sonhadores lúcidos. Um estudo de 1988 descobriu ainda que 20% das pessoas afirmam ter sonhos lúcidos todo mês e outros 50% disseram já ter tido um sonho assim pelo menos uma vez, ou seja, já conseguiram acessar o cérebro num estado diferente da vigília, um fenômeno que pode apontar uma nova fronteira no estudo dos sonhos, da memória e da consciência.
Encerrada minha explanação teórica, apresento agora como ação concreta para a Assembleia, técnica para se experimentar um sonho lúcido:
- Primeiro: mantenha um “diário de sonhos”, anote pelo menos um sonho por dia para exercitar sua memória dos sonhos, permitindo sua mente sensibilizar-se como o reconhecimento daquela realidade;
- Segundo: escolha um método. Existem vários, porém, indico aqui o método do “Sonho Lúcido induzido mnemonicamente”; funciona deste modo: quando estiver quase dormindo, comece a pensar que você está começando a ficar lúcido. A ideia é reforçar a intenção de perceber que você está dormindo no seu sonho e repita a frase; “Eu vou ter um sonho lúcido esta noite.” As maiores chances de acontecer são quando você acorda no meio da noite, levanta por alguns minutos e volta a dormir com essas intenções e você terá sucesso.
- E por último: cheque a realidade, mantenha sua mente atenta enquanto adormece; ligue e desligue interruptores, olhe para as mãos, observe-se em espelhos, olhe as horas num relógio etc. e então, com essas práticas, você poderá ser capaz de ter um sonho lúcido.
Encerro assim minha prédica, citando as fontes utilizadas por mim, a saber: o livro “A Interpretação dos Sonhos”, de Sigmund Freud, o artigo “Os Sonhos e a literatura: Mundo Grego”, de Adélia Bezerra de Menezes, o artigo, “Os sonhos nas diversas abordagens psicológicas: apontamentos para uma prática psicoterápica”, de vários autores e o site Galileu, sobre “A ciência dos Sonhos Lúcidos” e cito por fim um trecho de “O Mundo como Vontade e Representação”, de Schopenhauer:

"A vida e os sonhos são folhas de um livro único: a leitura seguida dessas páginas, é aquilo a que se chama a vida real; mas quando o tempo habitual da leitura (o dia) passou e chegou a hora do repouso, continuamos a folhear negligentemente o livro, abrindo-o ao acaso em tal ou tal local e caindo tanto numa página já lida como sobre uma que não conhecíamos, mas é sempre o mesmo livro que lemos [...]”.

Obrigado pela atenção e boa noite!

Agremiado Aspirante - Cássio Jardim Nogueira Cobra

12 março, 2017

Formação: Campanha da Fraternidade 2017

Aconteceu no dia 12/03, domingo, uma breve explanação sobre a Campanha da Fraternidade 2017, cujo o tema é "Fraternidade: Biomas brasileiros e defesa da vida".
Foram apresentados, por Dona Dulce, os 6 biomas brasileiros e a importância de "cultivar e guardar a criação"(Gn 2,15). Contudo pôde-se perceber que cuidar dos biomas brasileiros além de ser uma ação de fé e cidadania é uma ação de comprometimento com Deus.

                                                                                                               Equipe de Comunicação








09 março, 2017

Seminário São Francisco promove Jantar

Seminário São Francisco de Assis convida a todos para um Jantar que será realizado no dia 01/04. Os bilhetes estão à venda na Secretaria Paroquial, na portaria do Seminário e com os festeiros.


02 março, 2017

Aspirantes iniciam os trabalhos pastorais

"Todo Hospital é um Santuário, cada enfermaria uma Capela, cada leito um Altar e em cada altar um outro Cristo."(Irmã Paulina Sens)

Motivados pelo Espírito da caridade do tempo da Quaresma, os aspirantes do Seminário São Francisco de Assis iniciaram sua participação nas pastorais, com orientações e apresentações introdutórias por parte da equipe de voluntários e funcionários do Hospital Bom Jesus.

                                                                                                              Equipe de Comunicação











01 março, 2017

Eis o tempo de conversão!

        Abrindo o Ciclo Pascal, a Quaresma é um tempo de graça na vida da Igreja. É o tempo favorável de voltar-se para Aquele que venceu o pecado e a morte mediante sua entrega incondicional e solidária na cruz. A Sacrosanctum Concilium lembra que o tempo quaresmal visa “preparar o fiéis para a celebração do mistério pascal, ouvindo com mais frequência a palavra de Deus e entregando-se à oração com mais insistência” (SC 109).
       Historicamente, “a Quaresma é o resultado de um longo processo de sedimentação de três itinerários litúrgico-sacramentais: a preparação imediata dos catecúmenos para os sacramentos da iniciação; a penitência pública; e a participação da comunidade cristã nos dois anteriores como preparação para a Páscoa” (LÓPEZ MARTIN, J, 2006, p. 358). Com o passar dos anos, com o enfraquecimento do catecumenato e com o desaparecimento da penitência pública, foi acentuado na Quaresma o caráter penitencial e ascético.
       Com o movimento litúrgico e a volta às fontes proposta pelo Concílio Vaticano II, resgatou-se o caráter batismal e a dimensão comunitária da penitência. Neste sentido, a espiritualidade da Quaresma mudou. Não somente mais como um momento devocional para com a Paixão do Senhor, a Quaresma é o tempo de preparação mais intensa para aqueles que serão batizados na Vigília Pascal e é o tempo de conversão de toda a comunidade eclesial, nascida das águas batismais, ao Evangelho e ao Reino de Deus.
       A expressão bíblica que acompanha a imposição das cinzas “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15) mostra aos fiéis a dimensão de conversão permanente ao Evangelho através do cultivo dos valores do Reino. É a frase que, segundo o evangelista Marcos, denota o início do ministério público de Jesus na Galileia. Assim, a penitência que marca a Quaresma não é simplesmente um sofrimento ou ascese, mas é, sobretudo, uma disposição de se abrir ao Evangelho e acolher o Reino de Deus como valor essencial na própria vida e na vida da Igreja.
      Na mesma linha, a oração de bênção das cinzas é dirigida não propriamente às cinzas, mas aos fiéis que vão recebê-las, a fim de que “prosseguindo na observância da Quaresma, possam celebrar de coração purificado o mistério pascal”. Deste modo, é o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus que ilumina toda a caminhada quaresmal. Tal como o Povo de Deus atravessou o deserto rumo à terra prometida, a Igreja, que nasce e participa do mistério pascal de Cristo através do Batismo, é convidada a viver a Quaresma como um momento oportuno de voltar à sua missão e essência, reconhecendo suas fragilidades e infidelidades em meio à caminhada pascal rumo à Jerusalém celeste.
      A Liturgia da Palavra da 4ª feira de Cinzas propõe aos fiéis os exercícios da oração, do jejum e da esmola como meios eficientes de se alcançar a consciência do pecado e da necessidade de converter-se ao Senhor e ao seu projeto de vida. São, pois, exercícios que, em última análise, reportam às fragilidades impostas pelo pecado e também à infinita misericórdia de Deus. Clemente I, papa do primeiro século, na sua Carta aos Coríntios, assim exorta a comunidade: “Obedeçamos, portanto, à sua excelsa e gloriosa vontade. Imploremos humildemente sua misericórdia e benignidade. Convertamo-nos sinceramente ao seu amor. Abandonemos as obras más, a discórdia e a inveja que conduzem a morte”. De fato, diz o Senhor: “Não quero a morte do pecador, mas que mude de conduta” (Ez 33,11) e tenha vida em abundância.
(Frei Alberto Eckel Junior)