19 junho, 2015

Discurso sobre a "Prostituição"

Na 14ª Sessão do Grêmio Literário Santo Antônio, o agremiado Franklin Matheus abordou, em seu discurso, o delicado tema da prostituição. Realidade sempre presente na história e cenário de muito preconceito e abuso. Enfim, assunto altamente relevante para aprofundamento. Confira o discurso.



"Venerado seja entre todos os matrimônios e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição e ao adultério, Deus os julgará". (Hb 13,4).


Saúdo com grande estima a Mesa Diretora composta pelo diretor, Frei Rodrigo da Silva Santos; presidente, Gabriel Isac Rodrigues da Silva; e ao secretário, John Kelson Saraiva Pereira Alves.

"Eu me chamo Fernanda e tenho 28 anos, eu quero parar mas não consigo. Por vezes é o dinheiro ou porque penso que não saberia fazer mais coisa nenhuma na vida e eu volto sempre lá e me arrependo sempre, mas não consigo parar. Já faço isto já tem 12 anos, pois comecei com 16! Eu quero uma vida legal, depois casar e que meu marido não tenha vergonha de mim". (Depoimento de uma jovem da cidade de São Paulo).

Senhores, boa noite! Galgo essa tribuna na 14ª Sessão do Grêmio Literário Santo Antônio para falar-vos sobre a prostituição.

Para melhor entendimento de minha prédica, dividirei-a em 4 tópicos:
- vários tipos de prostituição desde a Antiguidade;
- causas da prostituição;
- consequência da prostituição;
- os olhos que vêem.

Popularmente chamada de profissão mais antiga do mundo, a prostituição é moralmente reprovada em quase todas as sociedades, dada a degradação que presenta para as pessoas que a praticam.

Prostituição é a atividade que consiste em oferecer satisfação sexual em troca da remuneração, de maneira habitual e promíscua. Também há formas masculinas de prostituição homossexual e, em menor proporção, entre homens que alugam seus serviços para mulheres.

Em sociedades muito permissivas, a prática da prostituição se torna desnecessária; em culturas demasiadas rígidas, é perseguida e punida como delito.

Há vários tipos de prostituição, que iniciaram já lá na Antiguidade. E, assim, entro em meu primeiro tópico.

Com as primeiras civilização da Mesopotâmia e do Egito, surgiram as prostitutas sagradas, vinculadas a certas divindades e a determinados templos. Na antiga Grécia, também ocorreu a prática sexual relacionada ao culto religioso. A prostituição propriamente dita, tanto na Grécia quanto em Roma, era controlada pelo Estado que cobrava altos impostos das prostitutas e as obrigava a usar roupas que identificassem a profissão.

Durante a Idade Media europeia, a Igreja cristã tentou, sem sucesso, eliminar a prostituição, mas a sociedade, orientada pelo culto do amor cortês, em que os casamentos eram arranjados com finalidade política ou econômica, favorecia o florescimento da atividade. A prostituição passou a ser regulamentada e protegida por lei e a constituir uma importante fonte de ingressos para o poder público. No século XVI, uma epidemia de doenças sexualmente transmissíveis somou-se ao puritanismo da Reforma religiosa para lançar uma ofensiva contra a prostituição.

Com a industrialização, a aglomeração urbana voltou a oferecer condições de expansão para a prostituição.

Muitas mulheres entram para a prostituição muito cedo, às vezes ainda crianças. Essa prática pode ser incentivada pela própria família que busca recursos financeiros para sobreviver e por isso, explora a criança e a coloca em uma situação de violência.

Quais os motivos que levam as mulheres para essa atividade? Para entender a prostituição é preciso analisar a organização social. Assim, entro em meu segundo tópico.

Entre os fatores estão as desigualdades sociais no país, ou seja, a existência de um sistema econômico falho, onde poucos têm muito dinheiro e muitos mal conseguem sobreviver. Outro fator que estimula essa prática é a busca por uma condição financeira que permita uma maior possibilidade de consumo.

Não importa se a atividade é imoral ou ilegal, o que vale é o dinheiro que vai ser adquirido e que pode ser usado para sustentar uma família. Além disso, muitos veículos de comunicação promovem uma valorização exagerada do corpo e da sexualidade, exibindo a mulher como se fosse um produto.

Com as causas vem as consequências. Abro assim meu terceiro tópico.

No Brasil, a prostituição leva a problemas sociais como:
- abuso de menores, exploração sexual de menores, inclusive pelos próprios pais;
- disseminação de doenças sexualmente transmissíveis;
- aumento dos casos de aborto.

Ainda é importante frisar que a banalização da prostituição leva a problemas psicológicos irreversíveis, como hiperatividade sexual, estupros, pedofilia e a mais sutil e perigosa banalização na sociedade.

Portanto o que os olhos vêem são seres humanos, mas induzidos por uma sociedade crítica, acabamos não os chamando de seres humanos, mas, sim, de pessoas sem sentido de vida, pessoas que através de um ato podem não ser mais aceitos como seres humanos. Desse modo não sendo seres humanos acabam sofrendo com as consequências dessa atividade. Essas pessoas não amam e não são amadas e acabam não tendo relação com a sociedade, de modo relevante os primeiros a criticar e não aceitar esses humanos são os próprios familiares.

Deixando aqui minha opinião, as pessoas que praticam essa atividade praticam-na por não terem uma oportunidade, por não serem escolarizadas corretamente, a incompetência de uns destrói a vida de outros.

Você que já viu algo relacionado ao abuso de menores, exploração sexual, abortos, ligue para a Política Militar (190) e denuncie, pois se você ficar quieto e dizer não é com ninguém da minha família, poderá um dia também ser atingido.

As fontes desse discurso foram os sites: coladaweb.com/sociologia/prostituição; dicionarioinformal.com; ongmarias.wordpress.com/causas e a revista Veja.

Para melhor encerrar minha prédica, citarei a frase de Domitila Belém:


"O homem nasce para a suavidade do amor, mas escolhe sofrer a selvageria da prostituição".

Por Franklin Matheus da Costa, seminarista do 2º ano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário