26 maio, 2015

Discurso sobre o "Consumismo"

Na 11ª Sessão do Grêmio Literário Santo Antônio, ocorrida no dia 04 de maio, o agremiado Adynan Ankler discursou sobre o consumismo, fruto cultuado pelo modelo econômico capitalista assumido e vivido em nossa sociedade. Confira sua reflexão deste cenário, com críticas e sugestões de superação:



"No lugar do Pai, o capital; no lugar do Filho, o mercado; e no lugar do Espírito Santo, o consumo. Esta é a nova trindade cultuada pela sociedade humana". (Hermes Fernandes)

Saúdo com grande alegria a Mesa Diretora, composta pelo diretor, Frei Rodrigo da Silva Santos; pelo presidente, Gabriel Isac Rodrigues da Silva; e pelo secretário, John Kelson Saraiva Pereira Alves. E também, com grande alegria, saúdo meus colegas seminaristas, agremiados e frades presentes.

Venho vos falar hoje a respeito de uma prática que para alguns é perdição e, para outros, é lucro quase sem fim. Prática esta que move montanhas de dinheiro e de trabalhadores. Falo-vos hoje sobre o consumismo.

Para melhor compreensão de minha peça oratória irei dividi-la em três tópicos:
- o consumo e suas práticas;
- sua origem e suas causas;
- nosso dia a dia.

Afinal, o que é consumismo?

O consumismo, em definição do site Brasil Escola, significa: "o ato de comprar muitas coisas que, em sua maioria, não são necessárias". Algo muito comum hoje em dia, pois vivemos numa sociedade capitalista onde o consumo é muito incentivado. Mas vale lembrar: consumo e consumismo são duas coisas diferentes. O consumo é necessário para sobreviver, como, por exemplo, necessidades básicas de alimentação e higiene. Já o consumismo é um consumo "sem freio", onde se esbanja, se desperdiça e se compra sem necessidade.

Muitas pessoas se sentem bem ao comprar. Se sentem realizadas ao consumir. Para alguns, chega ser quase uma doença, mas será que esse consumismo tem suas origens onde? Essa pergunta nos leva ao segundo tópico.

Essa prática está presente em nossa sociedade por vários motivos, mas o principal deles e que abordarei nesse tópico é o capitalismo. Ele surgiu por volta do século XV, quando as nações europeias praticavam o mercantilismo, sendo este um sistema onde o acúmulo de outro, prata e outros metais preciosos determinava a riqueza do país. Isso foi trazido para o Brasil com os portugueses e nosso país se desenvolveu como uma economia capitalista. Hoje, isso é muito notável, pois consumimos, assim como em outros países do capitalismo moderno, quantidades absurdas de coisas desnecessárias. Não que o capitalismo seja tão problemático assim, mas a sociedade nos tenta a vivê-lo sem limites, nos moldando como "monstros de fome" sem fim, que só pensam em consumir, consumir e consumir. Exatamente nos moldando porque nós também somos assim, o que nos leva ao terceiro e último ponto.

Nós, seminaristas, mesmo vivendo em um ambiente muito diferente, caímos na tentação de viver nessa sociedade consumista. Basta colocar um espelho sobre nós. E, tomamos como exemplo nossas idas à cidade. Muitas vezes voltamos para casa com montes de coisas desnecessárias, apenas por vaidade, gula ou até mesmo, instinto. E nós nos sentimos bem fazendo isso, nos sentimos realizados por ter gastado tanto. Assim, acabamos deixando de lado a vivência da pobreza, prática extremamente necessária para uma vivência verdadeira da vida franciscana. Mas como podemos superar esse vício?

Deixo aqui o meu incentivo para tal mudança.

Controlar os nossos gastos, por menores que sejam, num "caderninho", numa pasta é muito importante para tornarmos visual esse consumo e, assim, controlá-lo, gerando economia e uma maior coerência de vida para nós franciscanos.

Vale também, antes de comprar alguma coisa, fazer perguntas para si mesmo: Isso é necessário? Isso é muito caro? Eu realmente vou fazer um bom uso disso?

Assim, pensando mais sobre esse seu gasto, você terá bolso despreocupado, consciência limpa e uma vida desapegada de futilidades.

As informações do discurso foram retiradas do site Brasil Escola, no artigo de Juliana Spinelli Ferrari.

Agradeço a todos pela atenção e deixo aqui, para encerrar meu discurso, uma frase de Eugênia Malle:


"Alguns trabalham para viver, outros vivem para trabalhar e consumir. Esta é a infeliz realidade do mundo de hoje".

Tenho dito e muito obrigado!

Por Adynan Gustavo Moraes Ankler, seminarista do 2º ano.


Nenhum comentário:

Postar um comentário