27 junho, 2014

Discurso sobre as "Lâmpadas"

A antepenúltima sessão do Grêmio Literário Santo Antônio, ocorrida no dia 30 de maio, tratou de um tema muito comum de nosso cotidiano, nem sempre percebido. Um objeto que traz segurança e conforto a todos nós e o qual, só nos lembramos dele quando ele deixa de funcionar: a lâmpada. Confira o discurso do orador Odilon Voss:


A vida é como uma lâmpada acesa: vidro e fogo. Vidro, que com um sopro se faz; fogo, que com um sopro se apaga. (Pe. Antônio Vieira)

Saúdo com estima a Mesa Diretora composta pelo diretor, Frei Rodrigo da Silva Santos; o presidente, Gabriel Luiz Martinelli; e estendo minhas saudações a todos os agremiados e seminaristas aqui presentes.

Venho vos falar de um tema muito importante. Algo que todos usam, mas, por sua grande utilidade, se torna normal e não damos o devido valor. A lâmpada é algo que faz parte de nossas vidas. Aliás, você conseguiria imaginar o mundo sem elas?

Por isso motivei-me a falar deste tema, pois é algo do cotidiano, mas não conhecemos sua história. E, também, porque é um dos temas da Feira de Conhecimentos, já que essa é a última sessão antes dela acontecer.

Tenho como objetivo mostrar suas utilidades e também alertar que seu mal aproveitamento se torna um dos maiores vilões da economia doméstica.

Para melhor compreensão de minha prédica, irei dividi-la em 3 tópicos:
- a história da luz humana;
- as lâmpadas;
- dados da casa.

Se hoje você carrega um sentimento de medo perante o escuro, fique tranquilo, não é somente você que o tem. Este é um sentimento comum de todo ser humano, que o acompanha desde a pré-história, quando o homem, o "herói" do dia se tornava vítima frágil dos animais da noite.

Então, para sobreviver, descobre e cria o fogo, com pedras ou madeiras secas que esfregadas ou batidas por muito tempo geravam faísca, surgindo o fogo, o bem mais precioso do homem das cavernas, e com ele, dominando a luz. Na mitologia grega, a luz ou o fogo também ganham lugar de destaque, pois era algo pertencente aos deuses, entretanto um titã chamado Prometeu o roubou do Monte Olimpo (morada dos deuses) e trouxe aos homens. A chegada do fogo é comemorada no início de cada Olimpíada, quando a tocha é acesa na Grécia e levada até onde se realizam os jogos.

As primeiras lamparinas criadas pelos homens foram feitas utilizando conchas que continham dentro de si óleo, tanto vegetal ou animal, contendo um pavio, de qualquer material que se consumia lentamente. Lembrando que esse material é datado de 15 mil anos atrás.

Já na Roma, há dois mil anos atrás, a luz que iluminava as ruas era a partir de tochas feitas de alcatrão. A partir de então, surgiram inúmeras formas de se produzir luz. A vela, as lamparinas à base de gordura animal, grande parte retiradas de animais marinhos causando uma enorme caça às baleias, e as lamparinas à querosene, principal fonte de luz do século XVIII e XIX.
Fontes: Brasil Escola e Aventura na Ciência Luz.
Segundo o site Wikipedia, o grande salto para uma nova produção de luz ocorreu quando Thomas Edison (Estados Unidos) e Joseph Swan criaram, em 1879, as primeiras lâmpadas elétricas, usando um vidro que criava um vácuo parcial, e dentro um filamento de carbono, que era super-aquecido pela energia, sem pegar fogo pois estava sob o vácuo. Não muito diferente de nossas lâmpadas incandescentes, que contém um filamento de tungstênio envolta de gases como o argônio.

Porém, toda essa transformação se deu em busca de uma coisa. A economia. Criando novos meios de fazer luz, envolvendo menos matéria-prima, e com isso menos gastos.

Estamos em uma nova transformação, as incandescentes estão dando lugar às novas lâmpadas, como as de neon, as de leds e, principalmente, às fluorescentes, sobre as quais falarei um pouco.

Primeiro falarei das lâmpadas de néon, criadas em 1902 por Georges Claude, consistia e consiste em aprisionar um gás (néon) em um tubo e aplicar uma pequena descarga elétrica. Lembrando que essa mesma experiência foi feita com outros gases, tendo pouco ou nenhum sucesso.

Já a lâmpada de led, do inglês "Light Emitting Diode", "Diodo emissor de luz", surgiram em 1962, inventadas por Nick Holoniah Jr., e consiste em um aparelho que libera radiação na forma de luz.

A lâmpada de flúor, popular e conhecida nossa, foi idealizada pelo americano Peter Casper Hevitt, que consiste no vapor de mercúrio que energizado gera luz, sendo produzida em escala em 1938, e tendo grande ascensão depois da Segunda Guerra Mundial. Conquistando o gosto e o bolso do povo já em 1951, produzia-se mais fluorescentes que incandescentes, sendo estas logo trocadas, pois transformavam só 8% do total de energia gasta em luz, o resto se esvaindo em calor desnecessário.

Porém, de nada vale trocar as lâmpadas se o consumo desnecessário for feito. Aproximando de nossa realidade, o quão triste é sairmos da oração ou missa à noite e percebermos que alguém deixou a luz do quarto acesa. Parece pouco, mas se juntarmos aqui e ali torna-se um gasto enorme que poderia ser evitado.

Tendo como base a nossa casa, se juntarmos as lâmpadas dos quartos, refeitório, salas de aula, sala de televisão, sala de projeção e banheiros, somente com esses cômodos temos um total de 80 lâmpadas, acesas e apagadas a todo momento. Cabe a nós nos conscientizarmos. E, para melhor encerrar minha prédica, citarei a frase de Caio Fernando Abreu:


"Se não brilha mais, não insista. Lâmpada queimada não se arruma. Se troca."

Por Odilon Voss, seminarista do 3º ano.

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