15 março, 2014

Discurso sobre o "Futebol"

Na 2ª Sessão Ordinária do Grêmio Literário Santo Antônio, o agremiado e secretário da agremiação, Odilon Voss, tomou a palavra e proferiu o discurso sobre uma paixão nacional: o futebol. Confira seu discurso!


"Se todas as batalhas dos homens se dessem apenas nos campos de futebol, quão belas seriam as guerras". (Augusto Branco)

Saúdo com estima a mesa diretora composta, agora, pelo diretor substituto, Frei Marcos Estevam de Melo; e pelo presidente, Gabriel Luiz Martinelli; e a todos os agremiados e não-agremiados que aqui se fazem presentes.

Tapinha na bola, toque de letra e gol de bicicleta. Quem nunca sonhou em ser um famoso jogador de futebol?

Venho vos falar de um tema muito discutido atualmente: o futebol. Não tenho como objetivo apoiar ou criticar a realização da Copa no Brasil, mas sim, mostrar sobre este esporte algo que poucos conhecem. Aliás, alguém sabe a origem desse esporte? Como surgiu?

Bem. O mais antigo vestígio da prática de futebol vem da China. Datado entre os séculos III e II a.C,, o ts' uhkuh (cuju) fazia parte dos exercícios dos membros da família pertencente à dinastia Han. Esse esporte consistia em chutar uma bola com os pés para uma pequena rede. Uma outra variante desse mesmo esporte diz que os jogadores deveriam passar pelo ataque dos seus adversários para colocá-la na rede.

Anos mais tarde (cerca de cinco ou seis séculos depois), os japoneses criaram uma outra cultura, o kemari, que tinha um aspecto mais cerimonial, era jogado com o objetivo de manter a bola no ar, passando-a entre os jogadores, utilizando somente os pés.

Ao passar dos anos, também surgiram outras formas de jogo, como no Mediterrâneo se destacava o harpastum, e, em Roma, o epislcyros.

A princípio, não era tão popular. O "bum" desse esporte foi somente depois de 1800, quando ganhou muita força. Porém, havia um grande problema, que podemos chamar de os "futebóis", pois em cada país, em cada região, havia uma forma de se praticar, as regras e as medidas dos campos eram desproporcionais um ao outro.

Em 1863, foi criada na Inglaterra, a Football Association que previa regras e medidas oficiais, as quais são usadas até hoje. Sendo este órgão conhecido atualmente como Federação Internacional de Futebol Associação, denominado pela sigla FIFA.

Esta associação realiza, a cada quatro anos, o maior evento esportivo da atualidade: a Copa do Mundo. Esta competição teve seu primeiro evento em 1950, no Uruguai.

Uma curiosidade é que somente depois de 1970 que foram criados os cartões vermelho e amarelo. Após uma confusão em que um árbitro tentou expulsar um jogador e este, pelo fato de não entender o idioma do árbitro, acabou interpretando como uma ofensa.

Já falamos da história, porém vamos aproximá-la ainda mais de nós brasileiros.

Para começar, a cultura do futebol foi introduzida no Brasil em 1894. Porém, dizem alguns que uma forma improvisada deste esporte já vinha sendo praticada bem antes. Quando o inglês Charles Müller chegou ao país com duas bolas e material completo. Sendo a primeira partida disputada no mesmo ano em Várzea Grande, São Paulo, organizada pelo próprio Charles e criando um dos primeiros times brasileiros: o São Paulo Atletic Club.

No Brasil, o futebol passou por três grandes fases: a implantação (com a criação dos times); a popularização (na qual vencendo a segregação racial e a divisão por classes sociais, ganhou a cara e o gosto brasileiro); e a afirmação (fase atual, que começou quando o Brasil começou a mostrar que era bom no assunto, ganhando mérito internacional com as Copas de 1958, na Suécia; de 62, no Chile; de 70, no México; de 94, nos Estados Unidos e; em 2002, na Coréia e Japão).

Então, antes de somente criticar este esporte dizendo que futebol é o ópio do povo, paremos e pensemos: este esporte conseguiu unir uma nação de norte a sul e vencer suas diferenças, não importando se é rico ou pobre, branco ou negro.

Então, para melhor encerrar minha peça, citarei uma frase de Mikael Johnathan: "Na vida é como um jogo de futebol, cada lance pode definir sua trajetória".

Tenho dito e muito obrigado!

Por Odilon Voss, seminarista do 3º ano

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